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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

ENTES QUERIDOS

Na Terra, quando perdemos a companhia
de seres amados, ante a visitação da morte
sentimo-nos como se nos arrancassem o coração
para que se faça alvejado fora do peito.
Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram,
fome de escutar palavras que emudeceram.
E muitas vezes tudo o que nos resta
no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques,
sem recursos de evasão pelas fontes dos olhos.
Se varas semelhantes sombras de saudade
e distância, se o vazio te atormenta o espírito,
asserena-te e ora, como saibas e possas, desejando
a paz e a segurança dos entes inesquecíveis
que te antecederam na Vida Maior.
Lembra a criatura querida que não mais
te compartilha as experiências no Plano Físico,
não por pessoa que desapareceu para sempre
e sim à feição de criatura invisível
mas não de todo ausente.
Os que rumaram para outros caminhos,
além das fronteiras que marcam a desencarnação,
também lutam e amam, sofrem e se renovam.
Enfeita-lhes a memória com as melhores
lembranças que consigas enfileirar
e busca tranqüilizá-los com o apoio
de tua conformidade e de teu amor.
Se te deixas vencer pela angústia,
ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam
em sintonia mental contigo, ei-los que suportam
angústia maior, de vez que passam a carregar
as próprias aflições sobretaxadas com as tuas.
Compadece-te dos entes amados que te
precederam na romagem da Grande Renovação.
Chora, quando não possas evitar o pranto
que se derrama da alma; no entanto, converte,
quanto possível, as próprias lágrimas em bênçãos
de trabalho e preces de esperança, porquanto
eles todos te ouvem o coração na Vida Superior,
sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro
no trabalho do próprio aperfeiçoamento,
à procura do amor sem adeus.
* Entes Queridos*
(Emmanuel, psi.Francisco C. Xavier).