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terça-feira, 25 de agosto de 2009

UM POUCO SOBRE OS ELEMENTAIS

HÁ MILHARES DE ANOS TEMOS REFERÊNCIAS EM TODAS AS PARTES DO MUNDO SOBRE ESSES SERES.

Alguns podem dizer que a Natureza é caprichosa. Outros, mais que isso, diriam que ela é sábia. Nós sim, que não a entendendo, achamos que tudo deve acontecer e existir devido aos nossos próprios caprichos. Na Natureza encontramos coisas e eventos opostos, simétricos ou dualistas, longe entretanto de serem eventos mutuamente excludentes, são na verdade complementares. Não existem meramente como opostos, mas se complementam. Todas essas complementaridades, formam o que chamamos de maneira mais apropriada, espécies. Até mesmo dentro de cada espécie encontramos mais variedades. Nas espécies biológicas, encontramos tal variedade de tipos, estruturas, hábitos que é quase impossível termos total conhecimento de todas essas nuances, em todas as espécies. Tomemos, por exemplo, as escalas de grandeza dentro de um mesmo gênero. No gênero Equus, temos a espécie Equus caballus, o cavalo como o conhecemos. Animal de grande porte, forte e muito útil ao homem desde tempos imemoriais, por sua força e destreza. Entretanto temos os pôneis, pequenos e frágeis em relação aos seus parentes maiores. Um cavalo pode ter uma altura de até 190 cm. Comparemos à dos menores pôneis que chegam a medir em torno de 50 cm. Existiu, todavia, uma espécie de cavalo, que viveu há cerca de uns 54 milhões de anos, no Período Eocênio, denominada Hiracotherium e que media apenas uns 20 cm de altura.

Entre os Elefantes, o elefante africano (Lexodonta africanus) pode medir 4,0 m de altura, enquanto o elefante pigmeu de Bornéo (Elephas maximus borneensis) chega a 1,50 metros. Entre muitas espécies (todas extintas) de elefante anão, destaca-se o Elefante Anão de Creta (Elephas -Palaeoloxodon - creticus), que media até 1,0 m de altura.

Entre a família Rodentia (roedores) temos o maior deles, a Capivara ( Hydrochoerus hydrochaeris ) com um comprimento de até 1,40 m. Verificamos uma variedade de coelhos e lebres de comprimentos médios entre 30-40 cm, enquanto o menor roedor conhecido é o Jerboa Pigmeu (Cardiocranius paradoxus Satunin) que tem o comprimento do corpo entre 52-68 mm.

Os exemplos são inúmeros, tanto entre os animais como entre os vegetais. A Natureza os fez de porte grande, médio e minúsculos. Não há qualquer razão para supor que entre os seres humanos essa regra haveria de ser diferente. Temos seres humanos de estatura até um pouco mais de 2,00 m, temos os pigmeus que medem em média 1,30 m e temos seres minúsculos . . .

No ano de 1200, em Nidaros (atualmente Trondenheim) na Noruega, o sueco Frederik Ugarph encontrou, na casa de um pescador, uma pequena estátua de madeira, medindo 15 cm de altura sem contar o pedestal e tinha gravada as palavras "NISSE RIKTIG STORRELSE" que significa literalmente 'Gnomo, altura real'. Após muitos dias de negociação, Ugarph conseguiu comprar a estátua, que estava em poder da família do pescador havia muitos anos. Atualmente, ela pertence à coleção da família Oliv, de Uppsala, Suécia. Exames radiográficos comprovam que a peça tem mais de 2.000 anos, tendo sido entalhada num pedaço de raiz de uma árvore muito resistente e já extinta. A descoberta dessa estátua parece confirmar aquilo que os próprios Gnomos sempre afirmaram acerca de suas origens escandinavas.

Foi somente após a Grande Migração dos Povos, em 395 d.C. que os gnomos começaram a ser notados nos Países Baixos, provavelmente por volta de 449 d.C., quando o posto avançado dos romanos, na Britânia, caiu frente aos anglo-saxões e aos jutos. Existem evidências a esse respeito numa carta escrita por um sargento romano aposentado chamado Publius Octavus. Ele permaneceu em Lugdunum (atualmente Leiden, na Holanda) onde se casou com uma moça local e passou a viver em uma propriedade adquirida nos arredores da cidade. Nessa carta datada de 470 d.C., ele escreveu: Eu tive a oportunidade de ver, com meus próprios olhos, uma criatura minúscula. Ele usava chapéu vermelho e uma camisa azul. Ele tinha uma barba branca e calças esverdeadas e disse que vivia nessas terras há vinte anos. Ele fala nossa língua, misturada com algumas palavras estranhas. Desde então eu tenho conversado com ele muitas vezes. Ele disse descender de uma raça chamada Kuwalden, uma palavra completamente desconhecida, e que havia apenas alguns poucos deles no mundo. Ele gosta muito de beber leite. Por muitas vezes eu o vi curando animais doentes nas pradarias.

É curioso notar que o sentido exato do termo kuba-walda, em linguagem germânica antiga significa "administrador do lugar".

Em seu livro escrito em 1580, o escritor Wunderlich menciona que naquela época os gnomos tinham estabelecido uma sociedade sem qualquer diferença de classes, que já se mantinha por mais de mil anos. À exceção do próprio rei, escolhido pelo povo, não existiam gnomos pobres ou ricos, inferiores ou superiores.

Existem indícios de narrativas da tradição oral, entre os europeus, de que até por volta do ano 600-650 d.C., os gnomos eram parte integrante da sociedade, mantendo um relacionamento discreto, porém freqüente, com os humanos.

Um achado espetacular foi feito em 1800, em Pennince a leste de Lancashire, Inglaterra, onde foram encontradas centenas de ferramentas diminutas, tendo três centímetros de tamanhos e confeccionadas de forma perfeita, algumas com detalhes que só podiam ser vistos com o auxílio de uma lupa. O achado foi considerado tão desconcertante, que sem maiores explicações os especialistas rotularam de "aparatos provavelmente utilizados em rituais". Mas, porque teriam que ser tão perfeitos e tão pequenos ? Isso ninguém sabia explicar !

Na Escócia, ao final do Século 19, um grupo de pesquisadores descobriu uma pequena escada esculpida na rocha, contendo degraus de 2,0 cm de altura. Após seguir por uma trilha particularmente difícil, seguindo a escada rochosa, depararam-se com uma pequena necrópole contendo minúsculos ataúdes e, em seus interiores, pequeníssimos restos de corpos muito semelhantes aos humanos. Após o entusiasmo e publicidade iniciais sobre esse achado, algumas pesquisas foram realizadas, o assunto foi esquecido e hoje o que restam são relatos na imprensa da época.

Em 1932, nas montanhas San Pedro no estado americano de Wyoming (EUA), dois garimpeiros chamados Cecil Mann e Frank Carr encontraram uma múmia medindo 35 cm. Especialistas do Museo Americano de História Natural e do Departamento de Antropologia da Universidade de Harvard atestaram que a múmia era genuína e concluíram tratar-se de uma pessoa com idade aproximada de 65 anos. Os índios das Nações Shoshonees e Crows, nativos que habitam as redondezas onde ocorreu o achado, falam, nas lendas e folclore da tradição oral de suas tribos, sobre uma raça de pessoas pequenas, que vivia na região, chamada por eles de Nimerigar 1.

O alquimista suíço Paracelso, em sua obra 'Tratado sobre os Elementais' publicada em 1566, parece ter sido o primeiro a cunhar o termo gnomus, derivado de gnose (conhecimento), querendo indicar que esses seres diminutos e simpáticos eram possuidores de muitos conhecimentos.

Para Rudolf Steiner (1861-1925), fundador da Antroposofia, introdutor do Sistema Biodinâmico de Agricultura, e criador do famoso método Wardolf de Educação, a importância dos Gnomos na manutenção e renovação do meio ambiente, especialmente o solo, é um fato concreto e não mera retórica de fundo mítico. Nesse aspecto, ele proferiu muitas palestras sobre a importância dessas criaturas.

Gnomos são seres minúsculos, com estatura variando entre 10-15 cm. Vivem até idades em torno dos 400 anos. São bastante ativos, muito inteligentes e curiosos. São alegres, bem humorados e quando não estão nos momentos de tarefas diárias, preferem passar o tempo em brincadeiras, conversas ou longos passeios pelas redondezas. Particularmente lhes chama atenção nossas tecnologias, invenções e estilos de vida, embora eles mesmos sejam afeitos à vida simples, o que faz com que praticamente não mudem sua própria maneira de viver. Vivem em pequenas comunidades, construindo suas casas no subsolo.

Levam um estilo de vida doméstica bem semelhante aos de seus irmãos maiores, nós humanos. São exímios artesãos, sabedores de como trabalhar os metais e a madeira, que utilizam na confecção de casas e móveis de uso comum. Confeccionam sua própria porcelana. Conhecem muitas artes e ofícios, embora não tenham qualquer inclinação pelo desenvolvimento econômico, visto que lhes falta qualquer traço de ambição. Pelo que se sabe, são coletores de alimentos, que encontram nos bosques e florestas. Sua dieta é baseada em pequenas frutas, amoras diversas, folhas e raízes, das quais utilizam a fécula na confecção de bolos, tortas e pães, sempre adoçados com mel de abelha ou o néctar que eles extraem de algumas plantas e flores. São essencialmente vegetarianos, visto serem contrários a causar qualquer mal ou violência contra os animais. Podem dispor de frutas das mais variadas espécies, pois detêm a técnica ou arte de miniaturizar árvores por completo: tamanho dos troncos, folhas e frutos, conhecimento este que faria a alegria de qualquer mestre na arte do Bonsai. Ao contrário do que se pensa, os Gnomos não fumam cachimbos nem consomem vinhos nem licores. Aliás desprezam o hábito entre os humanos do consumo de carnes e bebidas alcoólicas, evitando a todo custo pessoas que se dedicam a essas atividades, uma vez que cultivam um padrão de vida moral e espiritual avançado. São dotados de grande força, comparada a seu tamanho corporal e gozam de excelente saúde, embora conheçam a medicina das ervas, as quais não cultivam em hortas explícitas, mas disfarçadamente em meio à flora circunvizinha. Por esse motivo, sempre se achou que eles não se dedicam à agricultura. Dedicam-se com afinco à atividades de cultivo de plantas, ervas e todo tipo de cogumelos, visto serem imunes à toxidade destes. A bem da verdade, são exímios cultivadores de cogumelos, no que fazem em túneis especialmente cavados no subsolo.

Os Gnomos são bastante tímidos e reservados. Dificilmente são vistos durante o dia, sendo seres de hábitos noturnos. Se alguém os 'surpreendem', é mais pela disposição deles mesmos em se deixar ver. Donos de poderes psíquicos, são capazes de entender os pensamentos de quaisquer criaturas, sabedores de suas mais íntimas e reais intenções. Diante de um primeiro contato, os Gnomos mostram-se gentis e cordiais, embora não escondam uma certa desconfiança, não obstante entenderem o que se passa na mente dos outros. As moças e senhoras Gnomos são mais tímidas e retraídas que seus companheiros, a ponto de dificilmente serem vistas, quer durante o dia ou à noite. Normalmente permanecem a maior parte do tempo ocupadas nos afazeres domésticos. De regra, esses simpáticos seres preferem contatar as crianças, visto terem elas a mente mais aberta, sem prejulgamentos, e possuidoras da natural inocência infantil. Quando não conseguem fugir a tempo, diante de uma presença indesejada, os Gnomos se transformam de imediato em algum tipo de animal, no mais das vezes assumem a forma de um sapo.

São afáveis nas relações pessoais e nunca entram em disputas ou conflitos, seja entre si ou com os humanos. Têm grande conhecimento e sabedoria sobre os mistérios da terra e do cosmo e toda a sua cultura é repassada entre as gerações, por tradição. Adotam uma espécie de monarquia bastante peculiar: o Rei é escolhido dentre o mais capaz do clã, em inteligência, sabedoria e bondade. Na vacância do trono, pela morte do Rei, outro é escolhido sempre que um de seus herdeiros não seja a pessoa mais propícia à tarefa, dentre os homens casados do grupo. Ser Rei, não é uma tarefa que importe em poder, ou prestígio, entre os Gnomos. O Rei e a Rainha desempenham mais o papel de pais dos outros membros. É uma posição de serviço e não de serem servidos. Quando da morte do Rei ou da Rainha, aquele que sobrevive renuncia e nova assembléia para escolha do casal real é convocada. Pode acontecer que um príncipe herdeiro casado convoque uma assembléia, sempre que entenda existir alguém mais capaz que ele, na comunidade. A casa real é, em tudo, semelhante à casa dos demais, exceto pelo fato de ter uma grande sala para que ocorram as reuniões e assembléias.

Os Gnomos são muito dados a festas e reuniões sociais. Os membros solteiros invariavelmente aproveitam essas ocasiões para iniciarem um namoro, que nunca necessita da aprovação dos mais velhos dos grupos familiares envolvidos, uma vez que todo rapaz e toda moça têm qualidades suficientes para iniciarem uma família. Nesse aspecto, os membros masculinos são muito galantes, presenteando a moça Gnomo com presentes e mimos diversos. O casamento ocorre não muito tempo após iniciado o namoro, e é quando acontece uma reunião dos mais velhos da comunidade para deliberarem sobre o melhor momento das bodas, tendo em vista que os preparativos para a grande festa envolvem toda comunidade. A cerimônia é oficializada pelo casal real e se constitui numa grande celebração, onde todos participam, trazendo bolos, doces e sucos feitos de diferentes frutas, comendo, rindo e dançando, ao som de muita música, executada com instrumentos de corda, flautas e vários tipos de tambor. Após as festividades, os noivos saem por alguns dias em passeio nupcial. Quando retornam, já encontram sua casa prontinha, com móveis e tudo o mais, devidamente construída por todos os amigos e conhecidos.

Dessa forma, o casal recebe os presentes não por ocasião das festividades do casamento, mas quando retornam do passeio. São presenteados inclusive pelo Rei e a Rainha, que confeccionam, eles mesmos, alguma peça artesanal para o esposo e a esposa, respectivamente.

Quase de imediato sobrevém a gravidez, que dura em torno de 12 meses. Ao final, o casal é presenteado com gêmeos, que podem ser dois meninos, duas meninas ou um casalzinho de bebês, o que ocorre na grande maioria dos casos. Assim, a população de Gnomos não varia muito, e é muito raro algum Gnomo não casar, pois sempre existe um rapaz e uma moça, solteiros, disponíveis para a nobre tarefa de formarem uma nova família. Uma família típica consiste nos pais e duas crianças, embora uma segunda gravidez (quatro filhos) também ocorra, o que faz com que seja considerada uma família numerosa.

Enquanto são pequenos, as crianças estão ora com a mãe, ora com o pai, que lhes dispensa a maior atenção, com várias brincadeiras domésticas. Ao ficarem um pouco maiores, as meninas passam a maior parte do tempo junto às mães, quando aprendem as artes do lar, enquanto os meninos ficam com o pai, aprendendo as várias tarefas cabíveis aos homens.

Ambos, entretanto, meninos e meninas, acompanham o pai, para aprenderem sobre coisas da floresta. Todo o sistema de educação consiste no aprendizado básico do estilo de vida que conservam, quase invariável desde muitos tempos. Não se empenham em um sistema formal de educação, embora tenham alguns escritos e livros secretos que toda família estuda diligentemente.

A infância dos Gnomos dura até seus 40 anos de vida, quando se inicia o período que corresponde à adolescência. Por volta dos cem anos, os Gnomos estão na idade de casamento. Existe uma levíssima tendência a nascerem mais meninos que meninas, o que faz com que alguns rapazes queiram permanecer solteiros. Entretanto, todas as moças se casam e mesmo que um rapaz não deseje o casamento, ele acaba abrindo mão dessa prerrogativa, caso seja necessário, para que uma moça não permaneça solteira. A constituição de família é uma norma superior entre os Gnomos. Não existe entre eles um conceito individualista de vida, o que faz com que todos sejam cuidadosos com os demais, especialmente com as crianças. Os Gnomos se consideram uma única família, ao invés de uma raça

Os Gnomos se dedicam à trabalhos voltados a subsistência da família ou da coletividade. Os homens trabalham na marcenaria, agricultura, confecção de móveis e utensílios, fundição de metais, coleta de alimentos nas florestas e bosques. As mulheres dedicam-se às atividades do lar, costura, coleta de alimentos, flores, preparação de alimentos e cuida da prole. Ambos educam os filhos e dedicam-se a confecção de artesanato segundo suas habilidades.

Nas excursões que fazem nos bosques e florestas, evitam as trilhas utilizadas pelos homens ou pelos animais. Preferem criar seus próprios caminhos, pequenas trilhas ou estradas, embaixo da vegetação dos pequenos arbustos rasteiros. Assim, sentem-se mais confortáveis. Existe um mal entendido quanto à maneira dos Gnomos viajarem à grandes distâncias. Pensa-se que eles costumam viajar com a ajuda de alguns animais, notadamente, pássaros, acomodando-se neles numa gostosa carona. Não é bem assim. Os Gnomos podem assumir qualquer forma que desejarem. Por conseguinte, quando querem cobrir grandes distâncias, transformam-se em aves migratórias e vão aonde desejarem, num vôo solitário, ou coletivo, envolvendo toda uma comunidade ou parte dela, na busca de locais mais adequados à sobrevivência. Isto explica o fato de que eles estejam espalhados por todos os continentes. Os Gnomos, todavia, são muito afeitos a brincadeiras e podem sim subir nas costas dos animais e das aves, apenas por simples divertimento.

Conhecedores dos segredos da terra, podem perceber catástrofes naturais com muita antecedência e nunca são surpreendidos por esses eventos. Dessa forma podem mudar de local, região ou mesmo continentes, sempre que as condições ambientais mostrarem-se adversas.

Os Gnomos não são seres espirituais, mas seus corpos são de carne e osso; são bem parecidos conosco, embora, isto sim, mais espiritualizados. Devido ao estilo de vida que levam, simples, embora cultivando uma disposição mental elevada, mantêm uma maior sensibilidade, o que lhes dá vantagem sobre nós. São muito solidários com todas as formas de vida, e uma de suas atividades típicas nos bosques, florestas ou pradarias é cuidar de animais feridos ou doentes. Entendem a língua dos humanos, das plantas e animais, embora tenham sua própria linguagem. Dessa forma, podem se comunicar com diferentes criaturas, e entender suas necessidades.

Os Gnomos são bem humorados e brincalhões, mesmo quando adultos. Divertem-se com os filhos e com os parentes e amigos. O casal namora e brinca o tempo todo, inclusive depois de anos de casamento.

Dedicam-se a proteger a flora e a fauna, pois têm pleno conhecimento dos intrincados inter-relacionamentos existentes na Natureza. Ao longo dos anos, se distanciaram bastante dos humanos, ao perceberem o individualismo, o egoísmo exacerbado, a ambição e falta de bondade para com os outros, sejam eles humanos, animais ou as plantas. Evitam as pessoas de má índole e de maus hábitos. Entretanto, procuram estar perto de pessoas bondosas, honestas e gentis. Freqüentemente as observam e as ajudam no que podem, mesmo que as pessoas disso não saibam. Mantêm-se distantes de lugares onde predominem atividades que envolvam paixões, barulho ou desarmonia. Em algum estágio da vida de um ser humano, especialmente quando criança, os Gnomos penetram-lhe nos sonhos, oferecendo momentos agradáveis. Aqueles que participam dessa experiência, normalmente tornam-se, ao crescerem, pessoas bondosas, respeitosas das coisas da terra e da Natureza. Essa, muito mais que uma atividade lúdica ou divertida, é, para esses seres, um momento especial para educarem seus irmãos maiores.

Em alguns momentos um Gnomo, homem ou mulher se isola, na beira de um riacho, no alto de uma colina, sobre uma pedra ou mesmo num balanço, perto de casa. Fica ali, sozinho, pensativo. Não é por solidão, nem tristeza ou algo assim. É apenas uma coisa própria deles mesmos. Ninguém se aproxima, a menos que seja alguém muito íntimo como a esposa, um dos pais, um irmão ou uma irmã. Ao se aproximarem, ficam ali ao lado quietinhos, igualmente sentados, em silêncio. Nem mesmo tentam penetrar nos seus pensamentos. Compartilhar desses momentos é algo muito significativo para esses seres delicados, pois é um momento de suma intimidade e muito especial.

Temos muito o que aprender com os Gnomos. Muitas das coisas com eles já aprendemos: os segredos da fermentação, o feitio de queijos e iogurtes, como cultivar cogumelos e quais cogumelos, nós humanos, devemos evitar. Como extrair mel das colméias e como cuidar do solo. A ciência das ervas medicinais ou como fazer certas ferramentas . . . Isso, desde muitos anos, quando éramos simples como eles e podíamos compartilhar uma saudável associação. Hoje estamos devastando o meio ambiente, derrubando árvores centenárias, para cultivo de pasto para gado, não para tirar-lhes o leite, bondosa dádiva, mas para em algum momento, trair-lhes a amizade cortando-lhes o pescoço e comendo-lhes as entranhas. Estamos poluindo os rios, os lagos e os riachos. Estamos fazendo sangrar a Mãe Terra, humilhando sua Natureza. Envergonhamos nossos pequenos e gentis amiguinhos, mostrando-lhes o que temos de pior, o desprezo e o ódio até para conosco. Deixamos de ser uma família e para alguns nem somos da mesma raça !

Estamos cada vez mais empurrando essas simpáticas criaturas para mais longe de nós. Nada mais natural, visto que estamos cada vez mais distantes de nós mesmos.

Referências

Ilustrações dos Gnomos do artista Rien Poortlviet - extraídas do livro

Gnomos, Editora Siciliano, 1987 - 5ª Edição 1992 São Paulo.

1 - Mysteries of the Unexplained, Reader's Digest General Books, The Reader's Digest ......Association, 1982

Montagens dos gnomos nas fotos J.R. Araújo

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